quarta-feira, 30 de junho de 2010
Já fomos...
HUGO ALMEIDA. O avançado português, natural de Buarcos, Figueira da Foz, foi um dos melhores em campo, ontem, na derrota, por 1-0, frente à Espanha. Ficará para a História como o primeiro figueirense a marcar um golo num Mundial de Futebol.
Foi substituído ao minuto 58. A partir desse momento Portugal "morreu". A equipa deixou de funcionar.
Queiroz sentenciou, naquele momento, o destino de Portugal: fazer as malas e voltar para casa! 5 minutos depois sofremos o golo que carimbou o passaporte de regresso.
Queiroz pede a demissão!
É O ÚNICO CAMINHO...
Um poema por dia...
Ao longo da muralha
Mário Cesariny
Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis,que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens,palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.
Mário Cesariny
Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis,que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens,palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Victor Zvunka já está na Naval 1º de Maio
O francês Victor Zvunka, de 58 anos, foi ontem oficialmente apresentado como treinador da Naval 1º de Maio para a época 2010-2011.
"Não vou jogar em 3x5x2. Não é essa a minha concepção de jogo. Seremos exigentes, vamos trabalhar no duro", disse o técnico gaulês durante a conferência de imprensa de apresentação.
FORÇA MISTER
FORÇA NAVAL
** PHOTOS DE PAULO DÂMASO
Naval 1.º de Maio
Plantel provisório para 2010/2011
GUARDA-REDES
JORGE BATISTA, Romain SALIN, BRUNO Jorge.
DEFESAS
Ulick LUPÈDE, DANIEL CRUZ, Carlos Rodrigues (CARLITOS),João REAL, Kevin GÓMIS, José Mário (ZÉ MÁRIO), ROGÉRIO Santos Conceição, Jonathas Costa.
MÉDIOS
Willian-Moses NKAKE, Alexandre Hauw (ALEX HAUW), Manuel GODINHO, Stevan KOVACEVIC, Nicolas GODEMÈCHE, GIULIANO Amaral, HUGO MACHADO, Mauro Paulino (CAMORA), ORESTES Júnior.
AVANÇADOS
Michel SIMPLICIO, DAVIDE Pinto, EDVALDO Rojas, JOÃO PEDRO, Aboubacar TANDIA, FÁBIO JÚNIOR, Mário Tomás (MARINHO).
Equipa ténica:
Treinador Victor Zvunka
Treinador-adjunto Fernando Mira
Treinador-adjunto António Caetano
Presidente Aprigio Santos
Director Geral Futebol José Ferreira
Director Desportivo Nuno Cardoso
Secretário Técnico João Almeida
Médico Pedro Santos
Fisioterapeuta Luís Pinto
Enfermeiro/Massagista Emanuel Alves
Técnico Equipamentos Rui Trafaria
Jogos de preparação da Naval, cujo estágio decorre de 5 a 14 de julho, em Nelas:
Dia Local Jogo Hora
14/7 Figueira da Foz Naval x Oliveirense 17.30
17/7 (A Designar) Naval x Beira-Mar ??
21/7 (A Designar) (A Designar) ??
24/7 (A Designar) (A Designar) ??
31/7 Figueira da Foz Naval x Santa Clara 18
7/8 (A Designar) (A Designar) ??
Um poema por dia...
Vai-te, Poesia!
José Gomes Ferreira
Vai-te, Poesia!
Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste planeta feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olhos,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.
Vai-te, Poesia!
Não quero cantar.
Quero gritar!
José Gomes Ferreira
Vai-te, Poesia!
Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste planeta feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olhos,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.
Vai-te, Poesia!
Não quero cantar.
Quero gritar!
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Um poema por dia...
Beijo
Jorge de Sena
Um beijo em lábios é que se demora
e tremem no abrir-se a dentes línguas
tão penetrantes quanto línguas podem.
Mais beijo é mais. É boca aberta hiante
para de encher-se ao que se mova nela.
É dentes se apertando delicados.
É língua que na boca se agitando
irá de um corpo inteiro descobrir o gosto
e sobretudo o que se oculta em sombras
e nos recantos em cabelos vive.
É beijo tudo o que de lábios seja
quanto de lábios se deseja.
Jorge de Sena
Um beijo em lábios é que se demora
e tremem no abrir-se a dentes línguas
tão penetrantes quanto línguas podem.
Mais beijo é mais. É boca aberta hiante
para de encher-se ao que se mova nela.
É dentes se apertando delicados.
É língua que na boca se agitando
irá de um corpo inteiro descobrir o gosto
e sobretudo o que se oculta em sombras
e nos recantos em cabelos vive.
É beijo tudo o que de lábios seja
quanto de lábios se deseja.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Mário Soares recebe Chave de Honra da Figueira da Foz
«Realiza-se no próximo dia 24 de Junho, Quinta-feira, pelas 12H00, no SalãoNobre dos Paços do Concelho, a Cerimónia de entrega da Chave de Honra da Cidade da Figueira da Foz, a Sua Excelência o Dr. Mário Soares.
Esta distinção foi aprovada por deliberação de Câmara de 20 de Abril de 2010 evisa distinguir o Dr. Mário Soares e prestar-lhe público apreço, pelo valor das suas realizações e pela sua extraordinária acção em prol do Concelho da Figueira da Foz.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz convida todos os figueirenses a estarem presentes na Cerimónia, assim prestando o seu reconhecimento pela referida acção em prol do Concelho»
Obs: Convite da Câmara da Figueira da Foz
Esta distinção foi aprovada por deliberação de Câmara de 20 de Abril de 2010 evisa distinguir o Dr. Mário Soares e prestar-lhe público apreço, pelo valor das suas realizações e pela sua extraordinária acção em prol do Concelho da Figueira da Foz.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz convida todos os figueirenses a estarem presentes na Cerimónia, assim prestando o seu reconhecimento pela referida acção em prol do Concelho»
Obs: Convite da Câmara da Figueira da Foz
O que vai ser do mercado municipal?
À beira de completar 118 anos de existência, o Mercado Eng. Silva da Figueira da Foz vive dias pouco pacifícos.
E parece que, ontem, uma determinada reunião na Câmara da cidade foi tudo menos tranquila.
A fazer fé nas palavras, no desabafo, do meu amigo Custódio Cruz, cheira-me que o caldo está entornado...
Há algum tempo atrás escrevi, por aqui, que esta coisa da remodelação do mercado ia acabar à solha e à peixeirada. Oxalá me engane mas parece-me que isto não vai acabar bem...
E parece que, ontem, uma determinada reunião na Câmara da cidade foi tudo menos tranquila.
A fazer fé nas palavras, no desabafo, do meu amigo Custódio Cruz, cheira-me que o caldo está entornado...
Há algum tempo atrás escrevi, por aqui, que esta coisa da remodelação do mercado ia acabar à solha e à peixeirada. Oxalá me engane mas parece-me que isto não vai acabar bem...
Um poema por dia...
Posso escrever os versos mais tristes
Pablo Neruda
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
Pablo Neruda
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Um poema por dia...
Em ti o meu olhar fez-se alvorada
Florbela Espanca
Em ti o meu olhar fez-se alvorada,
E a minha voz fez-se gorgeio de ninho,
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura do linho
Florbela Espanca
Em ti o meu olhar fez-se alvorada,
E a minha voz fez-se gorgeio de ninho,
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura do linho
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Um figueirense no Mundial de Futebol
O avançado português, Hugo Almeida marcou um dos sete golos de Portugal frente à Coreia do Norte, hoje, na segunda jornada do Grupo G, no Mundial de futebol África do Sul 2010.
A Figueira da Foz também está no Mundial com o jogador, natural da freguesia de Buarcos, em grande plano.
FORÇA HUGO ALMEIDA. SEMPRE EM FRENTE.
Um poema por dia...
A morte absoluta
Manuel Bandeira
Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.
Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão – felizes! – num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.
Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?
Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.
Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."
Morrer mais completamente ainda,
Sem deixar sequer esse nome.
Manuel Bandeira
Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.
Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão – felizes! – num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.
Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?
Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.
Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."
Morrer mais completamente ainda,
Sem deixar sequer esse nome.
sábado, 19 de junho de 2010
Um poema por dia...
"Todos sabemos que cada dia
que nasce é o primeiro para uns
e será o último para outros
e que, para a maioria, é só um dia mais"
José Saramago. 16/11/1922 - 18/06/2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Um poema por dia...
Gota de Água
António Gedeão
Eu, quando choro,
não choro eu.
Chora aquilo que nos homens
em todo o tempo sofreu.
As lágrimas são as minhas
mas o choro não é meu.
António Gedeão
Eu, quando choro,
não choro eu.
Chora aquilo que nos homens
em todo o tempo sofreu.
As lágrimas são as minhas
mas o choro não é meu.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Futebolês
A Câmara da Figueira da Foz decidiu, ontem, em reunião do executivo, não se pronunciar sobre a adesão à SAD da Naval 1º de Maio por, alegada, falta de informação disponibilizada à autarquia no convite endereçado pelo clube.
As relações entre autarquias e clubes da bola não são, no meu entender, as mais desejáveis! Levantam sempre desconfianças e, habitualmente, conduzem a situações dúbias.
Há, por esse Portugal fora, muitos casos que chegam e sobram para demonstrar que, muitas vezes, estes "casamentos" levam a promiscuidades complicadas! E, por norma, tem duração curta! Alguns terminam mesmo em complicados casos de polícia, divórcio e «violência doméstica»!
Não liguem! Eu sou parvo...
As relações entre autarquias e clubes da bola não são, no meu entender, as mais desejáveis! Levantam sempre desconfianças e, habitualmente, conduzem a situações dúbias.
Há, por esse Portugal fora, muitos casos que chegam e sobram para demonstrar que, muitas vezes, estes "casamentos" levam a promiscuidades complicadas! E, por norma, tem duração curta! Alguns terminam mesmo em complicados casos de polícia, divórcio e «violência doméstica»!
Não liguem! Eu sou parvo...
Portugal, Portugal, Portugal...
Com tantos ecrãs gigantes e fã zones na Figueira da Foz fiquei indeciso onde iria ver, ontem, o jogo entre Portugal e a Costa do Marfim.
Decidi então, para não comprometer as eventuais escolhas, a ir para a reunião de Câmara e a ver a partida de futebol no meu portátil, num qualquer live streaming...
Devemos ser a única cidade do país sem uma qualquer fã zone para ver a bola...
Tá bem, pronto, já sei! Estamos em contenção e não podemos gastar...
Decidi então, para não comprometer as eventuais escolhas, a ir para a reunião de Câmara e a ver a partida de futebol no meu portátil, num qualquer live streaming...
Devemos ser a única cidade do país sem uma qualquer fã zone para ver a bola...
Tá bem, pronto, já sei! Estamos em contenção e não podemos gastar...
Um poema por dia...
É assim que te quero, amor
Pablo Neruda
É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.
Pablo Neruda
É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Costa do Marfim, 0 - Portugal, 0
- Dê-me um café "à moda da selecção"!
- Um café "à moda da selecção"?!
- Sim, fraco... fraquinho!
- Um café "à moda da selecção"?!
- Sim, fraco... fraquinho!
HOJE SOMOS TODOS PORTUGAL
Um poema por dia
Tu eras também uma pequena folha
Pablo Neruda
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Pablo Neruda
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Cristiano Ronaldo na Al-Qaeda
ÚLTIMA HORA:
Cristiano Ronaldo é o novo reforço da Al-Qaeda, equipa de Bin Laden.
Mal assinou contrato, Ronaldo assumiu a sua missão:
"Quero explodir no Mundial"!
Vuvuzelas
Aviso à navegação:
Não me responsabilizo por actos menos próprios contra detentores ou assopradores de vuvuzelas!
Irra, já não suporto tal coisa!
Ontem até no futesal, no Vilaverdense - Benfica, era impossível com tanta vuvuzela...
Nunca desejei que um campeonato do Mundo de futebol chegasse ao fim...
Estão avisados! Não me apareçam pela frente a tocar essa merda ou enfio a vuvuzela pelos vossos rabinhos acima!
Não me responsabilizo por actos menos próprios contra detentores ou assopradores de vuvuzelas!
Irra, já não suporto tal coisa!
Ontem até no futesal, no Vilaverdense - Benfica, era impossível com tanta vuvuzela...
Nunca desejei que um campeonato do Mundo de futebol chegasse ao fim...
Estão avisados! Não me apareçam pela frente a tocar essa merda ou enfio a vuvuzela pelos vossos rabinhos acima!
Calendário do Mundial
Ora AQUI está o calendário ideal para quem quer acompanhar o Mundial de Futebol. Atenção às horas dos jogos no calnedário porque estão no "fuso" de nuestros hermanos!!! É só atrasarem uma hora e estão no nosso horário...
É a bola, estúpido!
Mas quem é que se lembra de marcar uma Reunião de Câmara no dia e à hora da estreia de Portugal no Mundial de Futebol?
Só podia ser na Figueira da Foz, pois claro!
Ó cambada, adiem lá a reunião por duas horitas, pá!
A malta quer cantar o hino e ver a bola...
Só podia ser na Figueira da Foz, pois claro!
Ó cambada, adiem lá a reunião por duas horitas, pá!
A malta quer cantar o hino e ver a bola...
Um poema por dia...
Nega-me o pão, o ar
Pablo Neruda
Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
CÃES DANADOS AO VIVO
CÃES DANADOS AO VIVO
CENTRO NAUTICO DA FONTELA
09-JUNHO-2010
22H30
CONCERTO DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS PARA ATLETAS MINI-BASKET DO GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE. ENTRADA 2 "DUROS" COM DIREITO A UMA BEBIDA. APARECE. SÊ SOLIDÁRIO E VEM FAZER A FESTA DO PUNK-ROCK EM PORTUGUÊS, POR UMA BOA CAUSA.
CENTRO NAUTICO DA FONTELA
09-JUNHO-2010
22H30
CONCERTO DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS PARA ATLETAS MINI-BASKET DO GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE. ENTRADA 2 "DUROS" COM DIREITO A UMA BEBIDA. APARECE. SÊ SOLIDÁRIO E VEM FAZER A FESTA DO PUNK-ROCK EM PORTUGUÊS, POR UMA BOA CAUSA.
Um poema por dia...
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Sophia de Mello Breyner Andresen
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
sábado, 5 de junho de 2010
CÃES DANADOS @ CENTRO NAUTICO DA FONTELA
Um poema por dia...
O meu tesouro és tu
Jorge Palma
O meu tesouro és tu
eternamente tu
não há passos divergentes
para quem se quer encontrar...
Jorge Palma
O meu tesouro és tu
eternamente tu
não há passos divergentes
para quem se quer encontrar...
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Um poema por dia...
O nosso mundo
Florbela Espanca
Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...
Que importa o mundo seus orgulhos vãos?...
O mundo, Amor?... As nossas bocas juntas!...
Florbela Espanca
Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...
Que importa o mundo seus orgulhos vãos?...
O mundo, Amor?... As nossas bocas juntas!...
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Corpo de Deus
Hoje (como sempre) vale a pena visitar a freguesia de Buarcos.
Muitas ruas daquela vila piscatória do concelho da Figueira da Foz estão coloridas com tapetes de flores naturais, que mais logo, pelas 17h00, acolhem a Procissão do Corpo de Deus.
Estive por lá esta manhã e digo-vos: excelente trabalho da comunidade local.
Sardinhada
Mais uma polémica. O presidente da Câmara João Ataíde anunciou que vai permitir, durante a festa da sardinha, organizada pela FGT, que os restaurantes aderentes usem os grelhadores habitualmente colocados no exterior dos restaurantes apenas na "véspera e no dia de S. João".
Os hoteleiros aderentes já regiram violentamente e admitem boicotar o certame, não aceitando ter às suas portas os grelhadores cedidos pela FGT.
A Figueira da Foz é a terra dos contrastes. Reparem. A Festa da Sardinha organizada pela FGT está em "brasa" por causa de, no meu entender, uma má decisão da autarquia (ver link).
Já, por outro lado, No Coliseu Figueirense arranca hoje em tom festivo a 24ª edição da (verdadeira) Festa da Sardinha.
Sabem qual é a diferença?!... É o toque popular das festividades e sabem onde vou?! Ai pois é! Vou ao Coliseu Figueirense!
Os hoteleiros aderentes já regiram violentamente e admitem boicotar o certame, não aceitando ter às suas portas os grelhadores cedidos pela FGT.
A Figueira da Foz é a terra dos contrastes. Reparem. A Festa da Sardinha organizada pela FGT está em "brasa" por causa de, no meu entender, uma má decisão da autarquia (ver link).
Já, por outro lado, No Coliseu Figueirense arranca hoje em tom festivo a 24ª edição da (verdadeira) Festa da Sardinha.
Sabem qual é a diferença?!... É o toque popular das festividades e sabem onde vou?! Ai pois é! Vou ao Coliseu Figueirense!
Um poema por dia...
Porque é que este sonho absurdo
José Gomes Ferreira
Porque é que este sonho absurdo
a que chamam realidade
não me obedece como os outros
que trago na cabeça?
Eis a grande raiva!
Misturem-na com rosas
e chamem-lhe vida.
José Gomes Ferreira
Porque é que este sonho absurdo
a que chamam realidade
não me obedece como os outros
que trago na cabeça?
Eis a grande raiva!
Misturem-na com rosas
e chamem-lhe vida.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Um poema por dia...
Porque os outros se mascaram mas tu não
Sophia de Mello Breyner Andresen
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
terça-feira, 1 de junho de 2010
...
Há gestos que nos abalroam de uma forma, como se tivessemos sido atropelados por um qualquer TGV.
Ao saberem da minha dificil situação social (devido ao desemprego e à doença), as Irmãs da Conferência de S. Vicente de Paula entregaram-me, ontem, uma pequena (mas preciosa ajuda) de 50 euros, para fazer face a algumas despesas.
Fiquei "sem pinga de sangue" e mais parecia a fonte luminosa, a chorar :(
Não tenho palavras para agradecer o apoio.
Mas tenho uma palavra, um dia esse apoio será, por mim, compensado.
Ao saberem da minha dificil situação social (devido ao desemprego e à doença), as Irmãs da Conferência de S. Vicente de Paula entregaram-me, ontem, uma pequena (mas preciosa ajuda) de 50 euros, para fazer face a algumas despesas.
Fiquei "sem pinga de sangue" e mais parecia a fonte luminosa, a chorar :(
Não tenho palavras para agradecer o apoio.
Mas tenho uma palavra, um dia esse apoio será, por mim, compensado.
Um poema por dia...
Arte de Amar
Manuel Bandeira
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
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